Riscos ocupacionais no Hospital de Santo Espírito (Ilha Terceira): a exposição a mercúrio na óptica dos profissionais
Foi apresentada e defendida, no Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, a tese de Mestrado em Educação Ambiental de Patrícia Isabel Teixeira Vargas, orientada pela Professora Ana Moura Arroz e Professor Félix Rodrigues dos Departamentos de Ciências da Educação e Ciências Agrárias da Universidade dos Açores". Fizeram parte do júri, para além dos orientadores a Professora Rosalina Gabriel e a Professora Adelaida Lobo do Departamento de Ciências Agrárias e a Professora Paula Castro do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa.
A tese intitulada "Riscos ocupacionais no Hospital de Santo Espírito (Ilha Terceira): a exposição a mercúrio na óptica dos profissionais" enquadra-se na óptica da Governance do risco.
O mercúrio tem graves impactos a nível da saúde e do ambiente pelo que a prevenção da poluição por este contaminante se reveste de extrema importância. As instituições de saúde representam potenciais fontes de mercúrio devido a eventuais ineficiências na gestão de equipamentos e produtos que possuem este metal na sua composição. Com este estudo pretendeu-se apreender as representações dos profissionais de uma instituição de saúde sobre os riscos associados à exposição a mercúrio e perceber de que modo os conhecimentos sobre o seu ciclo de vida condicionam as suas práticas. O comprometimento individual destes profissionais na redução do risco de exposição a mercúrio quer por alteração das suas práticas pessoais ou laborais no dia-a-dia, quer pela procura de informação sobre a temática, pode também fornecer pistas relevantes sobre o modo como lidam não só com a exposição a este poluente mas também com outros riscos ocupacionais, o que é útil à própria gestão de riscos eventualmente liderada pelas administrações de instituições de saúde.
Possivelmente, as exigência legais introduzidas ao longo deste estudo, relativamente à gestão do mercúrio em meio hospitalar relacionar-se-ão com o facto da exposição ocupacional a mercúrio, não constituir, em termos gerais, uma preocupação para os profissionais de saúde estudados, tornando ainda desnecessário a implementação de um plano de mitigação no Hospital de Santo Espírito ou até mesmo nos hospitais da região. Todavia, verificou-se que os profissionais de saúde afirmam não estar preparados ou formados para lidar com este tipo de resíduo, que apesar de já não existir nos hospitais associado a termómetros, esfingnomamómetros ou almálgamas dentárias encontra-se associado às lâmpadas de baixa eficiência e a algumas pilhas utilizadas em instrumentos específicos.
A sensibilização dos profissionais de saúde relativamente a esta problemática poderá passar por uma comunicação de rico mais activa e eficaz que, de acordo com o perfil dos interlocutores mais credibilizados pelos inquiridos, poderá ser promovida utilizando como veículos de informação preferenciais peritos ou investigadores. Para os profissionais de saúde do Hospital de Santo Espírito, a exposição ocupacional a mercúrio não é uma preocupação, o que poderá estar associado à crença de que a maioria das suas fontes de emissão já foi eliminada e daquelas que ainda existem, como pilhas ou lâmpadas fluorescentes, estão sujeitas a um processo de gestão adequado. Por outro lado, riscos associados ao contacto com sangue ou outros fluidos contaminados, stress ou posturas incorrectas de trabalho trazem grandes preocupações a esses profissionais de saúde, evidenciando-se nos resultados a necessidade de agilizar estratégias de mediação entre administração e profissionais, de forma a aumentar a eficácia e envolvimento dos diferentes parceiros na gestão desse tipo de riscos na instituição.
A tese intitulada "Riscos ocupacionais no Hospital de Santo Espírito (Ilha Terceira): a exposição a mercúrio na óptica dos profissionais" enquadra-se na óptica da Governance do risco.
O mercúrio tem graves impactos a nível da saúde e do ambiente pelo que a prevenção da poluição por este contaminante se reveste de extrema importância. As instituições de saúde representam potenciais fontes de mercúrio devido a eventuais ineficiências na gestão de equipamentos e produtos que possuem este metal na sua composição. Com este estudo pretendeu-se apreender as representações dos profissionais de uma instituição de saúde sobre os riscos associados à exposição a mercúrio e perceber de que modo os conhecimentos sobre o seu ciclo de vida condicionam as suas práticas. O comprometimento individual destes profissionais na redução do risco de exposição a mercúrio quer por alteração das suas práticas pessoais ou laborais no dia-a-dia, quer pela procura de informação sobre a temática, pode também fornecer pistas relevantes sobre o modo como lidam não só com a exposição a este poluente mas também com outros riscos ocupacionais, o que é útil à própria gestão de riscos eventualmente liderada pelas administrações de instituições de saúde.
Possivelmente, as exigência legais introduzidas ao longo deste estudo, relativamente à gestão do mercúrio em meio hospitalar relacionar-se-ão com o facto da exposição ocupacional a mercúrio, não constituir, em termos gerais, uma preocupação para os profissionais de saúde estudados, tornando ainda desnecessário a implementação de um plano de mitigação no Hospital de Santo Espírito ou até mesmo nos hospitais da região. Todavia, verificou-se que os profissionais de saúde afirmam não estar preparados ou formados para lidar com este tipo de resíduo, que apesar de já não existir nos hospitais associado a termómetros, esfingnomamómetros ou almálgamas dentárias encontra-se associado às lâmpadas de baixa eficiência e a algumas pilhas utilizadas em instrumentos específicos.
A sensibilização dos profissionais de saúde relativamente a esta problemática poderá passar por uma comunicação de rico mais activa e eficaz que, de acordo com o perfil dos interlocutores mais credibilizados pelos inquiridos, poderá ser promovida utilizando como veículos de informação preferenciais peritos ou investigadores. Para os profissionais de saúde do Hospital de Santo Espírito, a exposição ocupacional a mercúrio não é uma preocupação, o que poderá estar associado à crença de que a maioria das suas fontes de emissão já foi eliminada e daquelas que ainda existem, como pilhas ou lâmpadas fluorescentes, estão sujeitas a um processo de gestão adequado. Por outro lado, riscos associados ao contacto com sangue ou outros fluidos contaminados, stress ou posturas incorrectas de trabalho trazem grandes preocupações a esses profissionais de saúde, evidenciando-se nos resultados a necessidade de agilizar estratégias de mediação entre administração e profissionais, de forma a aumentar a eficácia e envolvimento dos diferentes parceiros na gestão desse tipo de riscos na instituição.
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