IMPACTO DO AZOTO EM EXPLORAÇÕES LEITEIRAS DA ILHA TERCEIRA

Realizou-se no dia 16 de Abril de 2007, na Universidade dos Açores-Campus de Angra do Heroísmo, a defesa da tese de Mestrado em Produção Animal de Cristina Maria Rodrigues Melo da Silveira e Silva, orientada pelo Professor Catedrático Alfredo Emílio Silveira de Borba do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores. Fizeram parte do Júri o Doutor João Manuel Carvalho Ramalho Ribeiro, Investigador Coordenador da Estação Zootécnica Nacional e o Professor Doutor Oldemiro Aguiar do Rego, Professor Auxiliar do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Aores.

A produção animal, nomeadamente a produção de bovinos leiteiros, baseada num sistema de pastoreio rotacional anual, é o pilar da economia do sector primário açoriano. Nas últimas décadas, tem-se verificado uma tendência para um sistema de bovinicultura mais intensivo, recorrendo a maiores inputs de adubações. Este sistema utiliza maiores encabeçamentos e maiores produções. Esta intensificação conduz a riscos com efeitos prejudiciais para o ambiente. Assim, com este trabalho pretendeu-se estudar, em 15 explorações de bovinos leiteiros da ilha Terceira, a problemática das excreções de azoto e o teor de ureia no leite, o qual é um bom indicador do nível de alimentação proteica da vaca leiteira. Estudou-se, também, a cinética de degradação ruminal da matéria seca e da proteína bruta em pastagens com quatro níveis de proteína diferentes (Past1 – 14,92%; Past2 – 19,10%; Past3 – 22,87% e Past4 – 26,88%). Foram utilizados três níveis de adubação azotada: o nível baixo com menos de 40 unidades/ha; o nível médio de 40 a 75 unidades/ha e o nível alto com mais de 75 unidades ha-1. As explorações caracterizaram-se por ter encabeçamentos de 1,7, 1,8 e 2,0 CN/ha e produções por vaca ano de 5492,4, 6289,3 e 6336,0 litros para as adubações baixa, média e alta, respectivamente. Os valores obtidos de PB nas pastagens foram de 20,31%, de 24,28% e de 25,07%, respectivamente, para os níveis de adubação baixo, médio e alto. Pela análise estatística, verificaram-se diferenças significativas (P<0,05).